... iuhuuuuu!!
(mais coisa, menos coisa...)
domingo, 27 de fevereiro de 2011
praia - gráfico
campo de ourique fica um bocadinho fora de mão para mim, mas se calhar compensa mais do que apanhar o avião... tenho que ver se descubro uma paragem...
"agora que vamos mudar de ramo, se calhar falamos com aquele meu primo para mudar o logo da loja.."
"não, não é preciso, eu ligo àquele meu amigo que faz cruzes vermelhas..."
há um fabricante de ares condicionados, algures na china, muito moderno...
e para aqueles que não sabem para que serve uma consulta urológica...
minis di praia baixu
uóoóoóó siguram... uóóó siguram... noo sta brinca só iá iá...
(é uma música da tal artista luso-local-de-cabelo-sima-mangerico, para quem não está a reconhecer..)
e para nós, foi uma caminhada (ok, semi-caminhada... apanhámos uma toyota a meio da ida e meia-boleia no regresso... mas a intenção era caminhar...) até essa bela localidade, num destes domingos... digam lá se não tem bom aspecto, a praia?
um extenso areal vazio, chapéus de palha... um jovem "especial" que queria roubar-nos as máquinas fotográficas do pescoço e cravar-nos almoço, os habituais locais que atiram pedras aos cães, oferecem porrada às namoradas, atiram lixo para o chão...
reparem no nome do barco... (em português seria qualquer coisa como "come e cala"... não quero nem imaginar a razão daquele nome...)
a bela da esplanada, à beira-mar, com uns petiscos e umas cervejas... (ou moreia frita, no caso... não havia muito mais...)... valeram-nos os amigos que estavam a fazer uma churrascada ali ao lado...
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
cidade velha - festas do município
num destes fins-de-semana, fomos até à cidade velha, aos festejos do município da ribeira grande... e por ser sábado, fomos mais cedo, com tempo, caminhar pela zona...
... e caminhar e subir... e fomos parar ao ponto mais alto da cidade. na foto, o que encontrámos no topo... não será certamente um ponto de interesse turístico, mas tem a sua graça... e a vista do outro lado compensa...
... cá está ela.. e ao fundo, o vulcão do fogo; em baixo, a praça principal da cidade velha.
em passeio pelas barracas dos vendedores...
... a fazer tempo para ouvir estes senhores - os ferro-gaita (reis do funáná.. procurem naquele sítio da net onde há vídeos...)...
... e jorge neto (este sim, vale bem uma procura na net... é um marco da música cabo-verdeana!) que já só ouvimos ao longe... como sempre por estes lados, chega uma altura da noite em que o grogue fala mais alto e qualquer pretexto lhe serve para armar confusão... é nessa altura que nos piramos, tranquilamente... (e ainda nos esperava uma viagem nocturna de hiace, o que também não é dos melhores programas para acabar a noite...)
tarrafal - gráfico
se alguém quiser abrir cá um negócio de importação de fita-cola transparente (ou mesmo de dupla face) tem sérias hipóteses de ficar milionário.. isso ou fazer workshops sobre como colar cartazes sem tapar metade da informação...
aqui já temos alguém mais atento aos pormenores importantes... reparem como o preço está destacado...
e aqui é uma loja de roupa masculina, acho... ou isso ou um balneário com problemas de identidade...
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
profissões locais III
. contrabandista de leguminosas
no aeroporto do fogo, tive o prazer de conhecer uma nova profissão - a senhora da foto de cima "assedia" os passageiros antes de fazer o check-in, e convence-os a levar "uns saquitos de feijão" para os filhos, que estão em santiago, e depois vão apanhá-los ao aeroporto... ainda tentei escapar à senhora, alegando que já tinha muito peso na mala, mas são tantos anos de "trabalho" que ela, só de pegar na mala, acertou no peso exacto ("ka tem nem 10 kilos" - e tinha 9,6 kg...) e lá levei eu uma saca de feijão (eu e muita gente...) que deixei abandonada no tapete das malas...
. estar sentado
outra profissão que já tinha observado um pouco por todas as ilhas, e em particular na brava, é levada a cabo por centenas de locais: estar sentado... não, não estou a falar dos "guardas", estes senhores praticam a delicada arte de "não fazer nada da forma mais convincente possível".
em várias vilas é possível observá-los, sentados, em grupo (embora não falem uns com os outros), a olhar para o vazio...
- estão à espera ser chamados para algum trabalho temporário? não..
- estão a discutir ideias para negócios com os colegas? não...
- estão à espera de ser chamados pelo centro de emprego? não...
- estão à espera do autocarro? não...
- estão à espera da mulher, para a ajudar com as compras ou os miúdos? não...
- estão lá... sentados...
brava - curiosidades
no exterior do mercado municipal há estes curiosos expositores, que funcionam 24h/dia...
... um antepassado do tunning... (ou isso ou há pessoas com muuuuuito tempo livre..)
os curiosos copinhos (são mesmo pequenos, do tamanho de copos de shot) de côco, onde nos foi dado a provar o grogue caseiro (ainda tentei que o sr me oferecesse um, na compra duma garrafa, mas ele não foi na conversa, supostamente porque há escassez de côcos devido a uma doença nos coqueiros...)
brava II
no único dia de descanso a que tive direito (ok, os outros também não foram propriamente agitados...), fomos dar uma volta pela ilha, até fajã d'água. nas fotos, as piscinas naturais lá perto - mas o mar estava muito agitado nesse dia, e não deu para experimentar... (poucas semanas antes, tinha desaparecido um miúdo de oito anos ali...)
... fiquei a saber que, afinal, o melhor grogue do país não é o de santo antão, é o da brava... (dizem eles...) e pude acompanhar os responsáveis até ao tripiche (nas outras ilhas é trapiche), e ver uma simulação do processo ( e provar o resultado final, que não estava à venda, por ser todo importado p'ámér'ca)
... num outro sítio, em casa dum artista local que também produzia e vendia grogue (apesar de não ter visto nenhum trapiche, apenas os patos que eles usam para dar sabor...), e cuja adega pudemos visitar (e, mais uma vez, provar o produto local...)
a senhora que nos acolheu e deu almoço (um caldo de peixe, serra assado, e butxo - fígado e intestinos de peixe... mas até eram bons, assim uma espécie de pipis..) a pensar "ai, estes portugueses, sempre a querer tirar fotos estranhas... já uma pessoa não pode descascar feijão descansada..."
... o outro sr fez um filme com porcos a comer carros velhos.. pois aqui eles comem barcos! aha! (e as galinhas também, pareceu-me...)
cá está a vila de fajã d'água, simpática e tranquila... à beira do oceano...
e a foto do pôr-do-sol da praxe...
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
brava I
e cá está ela, a ilha brava... mais propriamente a capital, nova sintra. (sim, o nome vem da "nossa" sintra - e a intenção era que as casas também refletissem essa herança, daí o aspecto mais cuidado e arranjado de toda a cidade, que ainda hoje permanece)
o edifício da câmara municipal, na praça principal da cidade (e a única também...). de realçar que toda a cidade está organizada em torno de duas grandes avenidas, ortogonais, que se cruzam nesta praça (ou pelo menos começou assim... entretanto foi crescendo já de forma mais ou menos descontrolada...)
... mais um aspecto da câmara municipal (se olharem para a imagem fixamente durante uns minutos, e cruzarem os olhos, a imagem fica em 3D - ou não... se calhar ficam só a fazer figuras tristes e com os olhos trocados.. experimentem...)
e cá estão elas... as casas... há indicações fortes no sentido de todas as casas terem a mesma tipologia base, e serem obrigatoriamente pintadas em cinzento e branco, o que contribui para o aspecto pitoresco da cidade.
... mas também há espaço para alguma criatividade, contida, desde que devidamente aprovada (o edifício da companhia das águas local)...
... da mesma forma que só o facto de serem pintadas de branco e cinzento não garante que o resultado final seja agradável...
.. e que belas avenidas, não? largas, limpas, arranjadas... e parece que na primavera ficam todas floridas...
até era capaz de lá voltar um dia... quando houver avião... (o que ainda é capaz de demorar, porque a morfologia da ilha não o permite...)
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
kriola II
a distância a vencer pelo barco nem é tão grande assim, mas toda a gente que falava da viagem dizia, invariavelmente: "é muito dura | o mar é terrível | o barco não tem condições | prepara-te", mas estava longe de imaginar o que me esperava.. eu, que até achava que estava habituado a andar de barco, confesso que estava a ficar ligeiramente enjoado no final dos 30 minutos da viagem de ida, mas longe de imaginar o que me esperava no regresso: como o kriola não estava em pleno funcionamento, a viagem de volta para o fogo foi feita num antigo barco de pesca, bem mais pequeno do que este, bem menos estável, e com um agradável aroma a peixe podre... para além de demorar uma hora ("ou mais ainda, se o mar estiver muito mau..") a fazer o mesmo percurso...
aqui, os luxuosos interiores, prontos a estrear (bem diferentes da cozinha-a-cheirar-a-especiarias onde fizemos a viagem de regresso....)
ah.. coletes salva-vidas... (já no regresso, havia.. ahm... hum... ah.. se calhar não havia nada...)
saquinhos-catitas para o vomitado (até davam vontade de usar..) - já na viagem de regresso, e depois dum início confiante "mas por que raio está toda a gente a benzer-se e a baixar a cabeça e apoiá-la entre os braços?.." só tive tempo de deslizar por cima da mesa da cozinha e apanhar um dos baldes de plástico pretos que estavam espalhados pelo barco... e digamos que o resto da viagem foi passado de cabeça baixa, enfiada no balde, a olhar para o interior do meu estômago às voltas cá fora, cujo volume ia aumentando de tempos a tempos... e... claro... o mar estava particularmente mau nesse dia, e demorámos mais de uma hora... com ondas até 4 metros, que não víamos de onde vinham, e nos projectavam para todos os lados, e o rádio ligado-estupidamente-alto numa estação que só tocava música lamechó-pirosa brasileira...
(depois dessa fantástica viagem, ainda me esperava o voo para santiago - também com trepidação provocada pelos ventos fortes - e até no táxi do aeroporto para casa enjoei...)
mas aqui, ainda era inocente, todo contente, a chegar à brava, com a vila de furnas ao fundo, no início da semana...
kriola (é nome de barco, neste caso...)
um dos aliciantes de ir à brava nesta altura, era a possibilidade de viajar no kriola - o muito aguardado fast-ferry, patrocinado pelos fidju di tera qui sta n'ámérca - que prometia fazer em 30 confortáveis minutos a ligação entre as duas ilhas. não foi fácil, mas mexendo os cordéis certos lá conseguimos embarcar numa viagem não-oficial ainda antes do funcionamento regular.
notavam-se ainda alguns pormenores a afinar... como a plataforma para descida dos passageiros, por exemplo, que foi montada de raíz só depois de atracar...
... mas nem assim a multidão que aguardava a sua chegada desmotivou...
... e fizeram fila para receber os heróis (os primeiros utentes, que tiveram honras de família real...)... e houve até visitas guiadas ao interior, com uma longa espera ao sol...
acho que este senhor vive dentro do depósito de combustível, para abrir a portinha de cada vez que precisam de reabastecer... há trabalhos piores...
fogo - gráfico
"discount auto rent 8 parts" - como se a placa não fosse já suficiente para desencorajar potenciais clientes...
aqui fica um dos motivos para regressar ao fogo uma terceira vez: não o visitei da primeira vez (por decisão do grupo, que acho que "tinha um aspecto demasiado caro") e da segunda (já devidamente recomendado como "o melhor sítio onde comer em s. filipe") estava fechado...
e não, o logo na placa não me lembra nenhum rally euro-africano... não sei do que estão a falar...
Subscrever:
Mensagens (Atom)