domingo, 30 de janeiro de 2011

maio - gráfico

alguéns tem problema com usos do plurals, parecem-me...

... e não é só a loja, a cabine telefónica (à esquerda) também parece ter sido "batida"...

a "drugaria da mynes" era noutra rua, mais acima... (desde que se reformaram dos filmes de animação, foram viver para o maio, onde agora se dedicam ao comércio tradicional..)

digam lá se este não é o melhor logotipo de todos os tempos?.. e a confiança que ele inspira... (esta é a companhia nacional, responsável pelo fornecimento de água e electricidade... quando fornece...)

com o aquecimento global, o nível das terras foi subindo na ilha...

maio II

habitação social para cabras, na vila do maio (ou seria um prédio abandonado, habitado por cabras-okupa?...)
 
no bar da praia onde tínhamos estado na noite anterior, havia uns postais com uma imagem parecida com esta, mas bem mais espectacular... mas, ou os senhores do maio são uns virtuosos do photoshop, ou não fomos visitá-los na melhor hora para tirar fotos..

na verdade, a praia aqui não era das melhores... com muita ondulação e uma inclinação mesmo muito acentuada antes de entrar na água (de tal forma que as ondas voltavam da terra para o mar, e cruzavam-se em cima de nós..), mas quando a alternativa é estar a tiritar de frio em portugal, fazemos  um esforço para dar um mergulho...

mais um pôr-do-sol, com vista para santiago (entre nós e o mar, estava a agitada avenida principal mas, curiosamente, o tráfego automóvel intenso não interferiu com a foto...)

e na viagem de regresso, com santiago à vista...

foi pena não termos alugado um carro para dar uma volta pela ilha e conhecê-la melhor... mas toda a viagem foi combinada de forma meio atabalhoada... ainda assim, foi a ilha onde comi melhor até agora e, apesar da fraca oferta em termos de diversão nocturna (na sexta fomos ao único bar da vila, e no sábado havia 2 festas - que localizámos facilmente pela música, que era tudo o que se ouvia na vila inteira... - mas estavam praticamente desertas...) acabou por ser um fim-de-semana bem passado...

maio I

algumas semanas mais tarde, mais uma visita "da europa", mais uma ilha a conhecer: desta vez, a ilha do maio. geograficamente, é a ilha mais próxima de santiago, a uns alucinantes 15 minutos de avião... mas não é por isso que a viagem é mais barata...

esta é a "via principal" da vila de maio (a capital da ilha) -  e sim, é quase sempre assim tão agitada, tirando durante a hora de ponta, em que chegámos a ver 3 carros em menos de 20 minutos!

acesso à praia

a clássica foto dos "barcos-e-pescadores-ao-pôr-do-sol"...

... e mais uma foto ao pôr-do-sol, a relaxar calmamente, ao final do dia, num bar na praia, com os nossos novos "amigos de infância" - se em santiago já é difícil fazer o quer que seja sem que toda a gente saiba, imaginem no maio, com toda aquela agitação... ao fim de 2 dias já toda a ilha nos conhecia e cumprimentava e metia conversa e se colava aos nossos planos e oferecia os seus serviços...
(se repararem na foto com atenção, conseguem ver o alinhar de um conjunto de factores que quase resultaram, segundos depois, numa trágica bolada-em-cheio-na-cabeça de um elemento do nosso grupo: o miúdo a chutar a bola; a fraca iluminação; o sr turista a preparar-se para defender o remate, com um copo de cerveja ao lado...)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

o melhor bolo de aniversário do mundo

dizem as más linguas que os donetes estavam ligeiramente duros... (ou "duros que nem pedra" - ok, não os devia ter guardado no frigorífico antes do jantar...) mas digam lá se não tem muito bom aspecto, a minha piràmide-bolo de aniversário?...

são vicente - gráfico

na casa café mindelo, um sítio que prova que não é preciso muito investimento para criar um ambiente simpático e cuidado (em vez dos habituais cafés e bares com mesas patrocinadas por marcas de cerveja...)

algures (em portugal, provavelmente...) há uma empresa de sinalização rodoviária que escoou um stock bem antigo e feiínho de placas....

se alguém estiver interessada.. mas só se for "sexy dançarina"!...

este é o meu favorito, pela simplicidade e eficácia...

não sei se a intenção era poupar papel ou tentar convencer-nos de que não estavam a cobrar-nos "tarifa de turista"... mas gostei do aspecto minimal da conta (na alliance française, almoço para duas pessoas - cerca de 12,6€)

fiquei com a impressão que os senhores desta casa roubaram o portão dos vizinhos... (ou isso, ou a rua cresceu muito de repente...)

e gostei mesmo muito da expressão deste tipo... havia uma série de desenhos dele pela cidade (e parece que é um artista aqui de santiago..)


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

são vicente II

uma das primeiras coisas que saltava à vista no passeio pela cidade, eram as cores das fachadas impecáveis da rua principal - todas pintadas de fresco e numas combinações muito bem conseguidas - descobri depois que houve ali mão de profissionais... faz parte de um "projecto de requalificação cromática da frente ribeirinha"

cá estão as docas do sítio, durante o dia - abertas, apesar de ser feriado...

acho que o sr escher andou por aqui... e construiu os desenhos dele!

há qualquer coisa nesta escadaria que me faz querer fugir dali, com medo de levar com uma enxurrada de degraus...

já fora de mindelo, em são pedro (ou santo andré, não cheguei a perceber qual delas era) a fazer tempo para jantar às 19h e ir para o aeroporto...

e já no aeroporto... com vontade de lá voltar... um dia, quando não for feriado...

são vicente I

em mindelo, a capital de são vicente (a ilha onde chegámos no primeiro dia e voltámos no terceiro), vista das docas lá do sítio, pont d'agua, com a torre de belém ao fundo... (não, não tou a gozar... é mesmo uma réplica da nossa, mais pequena, que funciona como espaço cultural - mas estava fechado quando lá fomos, por ser feriado...)

a alliance française, onde almoçámos (não havia muitos sitíos abertos, por ser feriado...)

o mercado do peixe - fechado por ser feriado...

o mercado da fruta - com funcionários temporários, por ser feriado...

rabidantes (vendedeiras de rua) - e não, a senhora do meio não está a dizer adeus amigavelmente... estava mesmo a pedir dinheiro pela foto que eu tirei do outro lado da rua...

e aqui um sr morto, do grogue... ok, pronto... se calhar não está morto, é mesmo assim que eles passam os domingos... e os feriados...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

santo antão - trapiche

em santo antão, terra dos melhores grogues (uma bebida local, praticamente tóxica, que se assemelha assim a whiskey mesmo muito mau...) não podíamos deixar de visitar um trapiche - este mecanismo, movido a força animal (touros ou burros)utilizado para esmagar a cana-do-açucar com que se faz o grogue. na foto, um trapiche aparentemente abandonado, mas que afinal ainda funcionava... quando funciona...

na foto, uma tina utilizada para lavar os patos que depois são esmagados juntamente com a cana-de-açúcar para dar sabor... (ou seria para aquecer o melaço e os patos estavam lá por acaso?...)

depois de meia hora de visita ao que parecia um local abandonado (apesar de na porta haver uma placa "museu do grogue") lá apareceu um velhinho que começou a arrumar umas garrafas e uns copitos para.. claro está.. vender! e tinha ainda uma foto, emoldurada, que segundo ele "se tirar a fotografia de um certo ângulo, parece mesmo que é a sério" - eu tentei, a sério que tentei... e lá paguei os 100$00 da entrada e comprei uma garrafinha de grogue caseiro (a propósito, pessoal: o grogue que têm bebido foi feito ali... com patos à mistura... mas o grogue mata tudo! - até algumas pessoas, segundo consta...)

santo antão - gráfico

em porto novo, mesmo ao lado do sítio onde o barco atraca, podíamos comprar queijo di terra, fruta fresca, armas, ... (ok, na verdade "armas" é o nome da companhia que opera o barco, e ali é onde se compram os bilhetes... mas não tem tanto impacto...)

lá está, confirmam-se os nomes das localidades de que falava antes...



santo antão II

 ainda no caminho pelo interior (curiosamente, nesta zona foi quando o taxista sugeriu fazermos um desvio por uma outra terra - paúl, se não me engano - que segundo ele era mais gira do que a que queríamos ver inicialmente - ponta do sol, acho - mas que tinha a estrada cortada por causa dos deslizamentos de terras causados pela chuva... coincidência?...)


e de repente, ao passar por uma ponte aparentemente inocente, deparamo-nos com uma multidão a lavar roupa no rio, cozinhar, tomar banho, fazer macacadas na areia, ... vida em comunidade no seu melhor...
 
na viagem de regresso, no dia seguinte, panorâmica geral do barco... bem tranquilo, apesar das ondas que se faziam sentir de vez em quando...

santo antão I

na viagem oficial da primeira visita que recebi por estes lados, fomos até São Vicente e Santo Antão (as duas ilhas mais a norte) passar o fim-de-semana prolongado mas, graças à habitual eficácia e responsabilidade extrema das companhias aéreas locais, adiaram-nos o voo umas horas, tendo chegado a São Vicente já no final do dia. nesse dia, não deu para ver grande coisa, apenas procurar a residencial, descansar e acordar cedo no dia seguinte, para apanhar o barco até Santo Antão (ao fundo, na foto, a uma hora de distância, sensivelmente).

já em Santo Antão, confirmámos o que toda a gente dizia: as paisagens naturais por lá são de tirar a respiração (ou então é da altitude.. também é possível...). alugámos um táxi-especialmente-caro-porque-somos-turistas e lá fomos, pela estrada antiga, pela montanha.


mas ainda bem que alugámos o táxi, senão paisagens como esta, por exemplo, teriam passado completamente ao lado (e também deu jeito naquela parte de nenhum dos dois conduzir...). segundo a história do taxista-guia, aquele grande vale lá em baixo, todo parcelado, tem apenas 2 donos, que alugam a terra fértil à população, e recebem em géneros (uma percentagem do que cultivam, galinhas, conchas, ...)

mais uma paisagem simpática... (o nevoeiro não deixou ver grande parte do caminho, mas deu umas fotos bem giras...).

aqui, o taxista enganou-se no caminho e fomos até ao douro...

aqui, no ponto máximo do nevoeiro, era supostamente o melhor miradouro de toda a ilha... o ponto mais alto, com visibilidade para ambos os lados... se lá voltar um dia, confirmo...